Experiência profissional
  • Locutor;  editor;  apresentador de programas e eventos,  e repórter em vários meios de comunicação desde 1986. 
  • De 91 a 94, diretor-proprietário da Câmera UM - Produtora de Vídeos, responsável da produção do Jornal de Serviço Cocamar, programa dominical de 30 minutos (SBT). 
  • Integrante da Assessoria de Imprensa da Cocamar e Coamo, assessor de imprensa de profissionais liberais e órgãos diversos  (sindicatos dos Contabilistas, Metalúrgicos entre outros). 
  • Repórter do SBT, em Campo Mourão e Maringá, e da Record (Rede Independência), em Maringá, atuando também em Curitiba nas duas emissoras. 
  • De 98 a 2000, repórter do O DIÁRIO na editoria regional.
  • Repórter TV UEM (Maio a Julho de 2011).
Referências
Rádio
  • Difusora AM - Cidade FM - Maringá FM - Metropolitana FM  
  • América FM - Babel FM - Libertad FM (Rádios espanholas)
Imprensa
  • Revistas diversas (Pois é, Da ACIM, Balde Branco de São Paulo, Gazeta Regional de Mandaguari, Jornal Agroceres de São Paulo) - Jornal de Serviço Cocamar - Jornal O Estado do Paraná -  O DIÁRIO de Maringá.
Televisão
  • TV Tibagi - TV Independência - TV Cidade - Canal CEM - Câmera UM  Produção de Vídeos e Assessoria de Comunicação - NET 5  Produtora de Vídeos - Rede Vida e TV UEM.


Viajero del tiempo (Viajante do Tempo)
Tenho que confessar algo. Sou um involuntário viajante no tempo. Pelo menos é a sensação que tenho. Como se tivesse entrado em uma cápsula temporal há uma década e tivesse ido a parar no futuro. Talvez Einstein me ajudasse a explicar melhor. O futuro é hoje, é o presente. Mas se você esteve no Brasil todo este tempo você se lembrará do seu passado aqui. Eu não.

Há 11 anos parti de Maringá rumo ao desconhecido. Voltei em 2002, 2005 e 2006 em rápidas e superficiais visitas quando percorria nossas ruas com um automóvel, sem sentir o pulso presente na cidade. Agora, desembarquei definitivamente e, andando sempre a pé, fico boquiaberto com as mudanças e maravilhado com detalhes que não me lembro de ter desfrutado tanto.

Maringá já não parece à urbe que deixei. Está maior, reconheço. Sentirei falta da meninice da cidade que a minha memória guarda. Nasci aqui, mas não me lembrava a dimensão do verde, integrado com o espaço urbano. Por favor, as árvores da Teixeira Mendes estão colossais. Algumas seringueiras também. E para mim todas são “velhas amigas” que estiram seus braços para dar-me as boas vindas.

Quando caí no mundo, o “novo centro” era só um projeto engatinhando. Hoje, redimensiona, eclipsa e molda os contornos da cidade canção. Calculo como estará o mercado imobiliário e imagino que é difícil encontrar outros modelos de requalificação de terrenos assim no Brasil. É incrível, ainda, que o setor de serviços - um dos que encabeçam a crise européia – parece crescer aqui com a coragem do Quixote contra os moinhos de vento.

Em cada esquina vejo restaurantes e salões de belezas. Vejo faculdades, cursos e maiores oportunidades em muitas áreas que, logicamente, crescem com a cidade. A de segurança, por exemplo, deve de ter feito multimilionário a quem inventou a tal da cerca elétrica. Na “linda flor, a mais gentil do norte do Paraná", aflorou toda uma série de negócios que antes, se existiam, era timidamente.

Não quero parecer um político, ainda assim prefiro pensar que meu concidadão está contente com todas as mudanças. Que elogia o sistema binário, que desfruta com a qualidade de vida que sempre foi nossa bandeira. Que vive o seu presente com fé no futuro. Apesar da criminalidade, das mortes do trânsito, dos problemas típicos de um município em contínua, ordenada e imparável expansão.

Queria ter feito esta viagem com todos os maringaenses. Mas vim parar direto nesta época. Gostei do que vi e não pretendo regressar ao passado. Recorro outra vez a Einstein, que dizia: “eu nunca penso no futuro, ele não tarda a chegar”.


Ser ou não ser...
Eu SOU jornalista. Tá lá na minha carteira, desde o ano passado (2011). O Ministério do Trabalho e Emprego reconheceu-me com o registro DEFINITIVO sob o número 9083/PR. O pedido foi encaminhado pelo próprio Sindicato dos Jornalistas de Londrina, que assiste Maringá e onde sempre fui filiado. Pouco depois recebi a identidade da FENAJ – Federação Nacional da categoria. Na carteirinha vem escrito “Jornalista Profissional”. O único que falta é a palavra “diplomado”. Apesar disso, eu nunca tive problemas para encontrar trabalho na área. A minha mãe só não me viu na "Grobo". Comecei em 1986 na saudosa Rádio Difusora, depois trabalhei nas rádios Cidade FM, Metropolitana e Maringá FM. Fiz revistas, assessoria, jornais e televisão. Durante três anos, apresentei o Jornal de Serviço Cocamar todos os domingos. Fui repórter do SBT, da RIC (então TV Manchete), de tvs a cabo e tive a felicidade de trabalhar dois anos no O DIÁRIO. E até fiz programas de rádio na Espanha, onde morei por uma década. Foi depois de voltar da terra de Cervantes que a grande Marialva Taques, que contou comigo para um contrato temporário de dois meses na TV UEM, incentivou-me a pedir o registro definitivo. E me deram. Curioso que lá na Espanha, afastado do meio em que sempre trabalhei e açoitado por problemas pessoais, cheguei a plantear-me: “sou mesmo um jornalista?”. A providencial e divina resposta veio através de amigos do meio. “Ou você é ou não é! Ninguém ESTÁ jornalista”. Confesso que o registro é algo que, apesar de pouco servir na hora de arrumar emprego, envaidece. Porque, mesmo que o Sindicato lute pela obrigatoriedade do diploma, reconhece o labor de quem sempre atuou eticamente na profissão. Isso, sim, não falemos de oportunidades perdidas. A falta de sabedoria na juventude impediu voos mais altos, mas serviu para outras lições que hoje tento respeitar. É por isso que voltei a estudar. Para recuperar o tempo perdido, para crescer como pessoa, como ser humano... como jornalista. Claro que o diploma também poderá abrir novos mercados, como a docência, e ampliar o leque de possibilidades. No entanto, corrigir os erros do passado e melhorar como profissional seguem sendo os principais motivadores desta empreitada. O mais surpreendente é que no caminho a gente encontra pessoas tão bacanas como os mestres Ronaldo Nezo, Mariana Lopes, Silvia Gonzaga, Ju Fonta, Alexandra Fante, Raul Zermiani, Anderson Rocha, Edson Barbosa e Luiz Carlos Bulla Jr. Eles e outros que virão nos ensinam a entender melhor desde a palavra mundo, o mundo que nos rodeia até o mundo (“perverso” e caótico) do jornalismo cotidiano. Quando eu comecei o curso, pensei em pedir para os professores me tratarem como o que sou, um calouro. Não foi preciso. A sabedoria de quem abraçou a docência por amor falou mais alto. E vocês professores souberam sacar aquilo que cada um tem de melhor, eu incluído. Pediram para buscar nivelar sempre “por cima” e proporcionaram a todos, sem exceção, uma oportunidade de crescimento gigantesca. Só para comparar, imagino que é como se, cursando Engenharia ou Medicina, no primeiro semestre já estivéssemos levantando uma casa ou abrindo alguém em canal. Por Deus, em pouco mais de QUATRO meses fizemos um programa de rádio, um programa de TV, uma revista, um site, um jornal e um blog. E poderíamos até promover uma exposição de fotos. Eu já SOU jornalista? Não importa, agora quero ser diplomado. E quero agradecer a cada um de vocês, professores e colegas de curso. É fenomenal encontrar nos companheiros de sala aquele brilho no olhar ao escutar a própria voz ou ver-se pela primeira vez no rádio e na tv. Acompanhar os colegas escrevendo, fotografando, gravando ou “desvirginando-se” ao ler em um teleprompter é, acima de tudo, uma promessa para o futuro. Quando eles estiverem “LÁ EM CIMA” na carreira, eu vou poder dizer: “Lembra da sua primeira vez? Pois é, EU ESTIVE LÁ!!!”. É emocionante também porque uma vez eu passei por isso. E recuperar um pouco daquela emoção não tem preço. O mais legal é que os amigos vão descobrir que na nossa profissão, não importa o tempo, o friozinho no estômago nunca passa. Aliás, ele é o que te faz levantar cada manhã e querer ser o fera da sua área, seja qual for. Da pauta à chefia de edição, do repórter cinematográfico ao apresentador, do fotógrafo ao diagramador, abraçamos uma profissão apaixonante. Basta seguir em frente. Eis a questão.
Silvio Rocha